O 'Dezembro Vermelho' é o mês voltado para a conscientização e promoção do tratamento precoce da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Com este objetivo, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu nesta segunda-feira, 2, o Seminário Estadual de HIV/Aids, que contou com a participação de médicos, enfermeiros e sociedade civil para discutir, atualizar e qualificar profissionais de saúde nos diversos pontos da rede no monitoramento, manejo e protocolo de diretrizes terapêuticas para o HIV/Aids.
“Este seminário é crucial para destacar a importância da prevenção e a necessidade de acesso a serviços de saúde para as pessoas vivendo com HIV/Aids. Não se trata apenas de assistência médica, mas também é fundamental que a sociedade civil também se envolva em campanhas que promovam mais informação e menos preconceito. É primordial que as pessoas que convivem com o HIV/Aids compartilhem suas experiências, desafios e queixas sobre o acesso à saúde. Além disso, os profissionais de saúde devem oferecer um atendimento mais humanizado, disseminando informações corretas para a sociedade”, explicou a referência técnica de HIV/Aids da SES, Rodrigo Lopes.
O HIV, vírus causador da Aids ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. Geralmente, a infecção do HIV não apresenta sintomas e as manifestações podem se dar na fase avançada, quando é feito o diagnóstico da Aids. De acordo com a médica infectologista do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), Gilmara Carvalho, o seminário aborda a atualização do panorama dos pacientes que vivem com HIV/Aids no Brasil, com um foco especial em Sergipe. “Este evento nos permite entender como esses pacientes estão sendo tratados e enfatiza a relevância da prevenção. Recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou novos dados e é alarmante saber que atualmente mais de 39 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, com mais de um milhão apenas no Brasil. Essa é uma população significativa que merece atenção e discussão.É fundamental trazer à tona informações atualizadas sobre a situação atual e promover um cuidado humanizado e assistencial para esses pacientes”, revelou.
A estudante de medicina Laís Viana, da Universidade Tiradentes (Unit), participou do seminário para aprimorar os conhecimentos. “A atualização constante sobre os dados de HIV e Aids no estado de Sergipe é fundamental, pois este é um tema delicado e crucial para toda a sociedade. É importante que continuemos a apoiar todos os pacientes, tanto na prevenção quanto no cuidado efetivo”, finalizou a estudante.
Transmissão e tratamento
A trasmissão do HIV pode ocorrer por sexo oral, vaginal e anal sem camisinha; por compartilhamento de seringas e agulhas com sangue infectado; por meio de acidente ocupacional com material biológico de risco; por recepção de sangue infectado; para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação.
O tratamento é feito por meio do uso regular permanente dos medicamentos antirretrovirais (ARV), disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), e indicado para todas as pessoas que têm HIV/Aids. O tratamento precoce e a adesão aos medicamentos reduzem as complicações da infecção, melhoram a qualidade de vida e reduzem a possibilidade de transmissão do HIV para as outras pessoas.
A Prevenção Combinada se refere à estratégia adotada para se prevenir do HIV, associando diferentes ferramentas ou métodos (ao mesmo tempo ou em sequência), conforme a situação, risco e escolhas. Entre as medidas de Prevenção Combinada destacam-se a prevenção da transmissão vertical; preservativos penianos e vaginais; testagem para o HIV; tratamento para o HIV; Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e Profilaxia Pré-Exposição (PrEP).