A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Assistência Social e da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), realizou a implantação do projeto Banco Vermelho na capital. O projeto, resultado de uma iniciativa do Governo Federal, por meio da Lei n° 14.942 de 2024, consiste na instalação de bancos vermelhos em locais públicos, com mensagens de conscientização acerca da violência contra a mulher, bem como contatos de emergência.
Tendo como base o relatório publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Brasil registrou 1.463 casos de mulheres que foram vítimas de feminicídio em 2023, o que corresponde a um caso a cada seis horas. Assim, a instalação do projeto Banco Vermelho surge como meio de expandir a conscientização para os espaços públicos da capital acerca, principalmente, do feminicídio.
“Os municípios e estados fazem a aplicação de bancos em espaços públicos das cidades, chamando a atenção, justamente, para esse crime que é tão sério e que deixa tantas vítimas, não só a mulher, mas a família e filhos, portanto, é necessário conscientizar e sensibilizar toda a sociedade, porque todo mundo faz parte desse enfrentamento. É preciso que as pessoas saibam que é um crime evitável, que é preciso denunciar, tomar uma atitude frente às ações de agressão contra a mulher de qualquer tipo de violência, seja ela psicológica ou física. Se você sabe que uma mulher está sofrendo violência, denuncie”, explica a coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cram), Edlaine Sena.
Em Aracaju, foram instalados três bancos, sendo um na praça Fausto Cardoso, outro no Parque da Sementeira e um nos Arcos da Orla da Atalaia, contendo frases que estimulem a reflexão sobre o tema e contatos úteis como o 190 (Polícia Militar), 181 (Disque Denúncia da Polícia Civil), 180 (Central de Atendimento à Mulher), CRAM, Delegacia Virtual e Aplicativo SOS Maria da Penha – para eventual orientação, denúncia e suporte às vítimas.
“Colocamos em pontos estratégicos na cidade, de grande circulação, justamente para que as pessoas vejam, observem, também neles temos placas informando e orientando a respeito das violências, e também com canais de denúncia no próprio banco, então ele é um sinal de alerta para a sociedade, para que sente e reflita a respeito do feminicídio”, complementa a coordenadora.