O colunista José Roberto de Toledo antecipa pesquisa que mostra que, hoje, há mais brasileiros que consideram seu governo ruim que bom. É uma situação inédita para o presidente, e mais dolorosa porque a queda de popularidade aconteceu entre os mais pobres, menos escolarizados e moradores do Nordeste. Não dá pra cravar a razão da queda, mas o maior fato político do período foi a surra que o Executivo tomou da máquina de fake news a respeito do Pix.
E há dificuldades pela frente. A intenção de Lula de marcar seus últimos dois anos com "comida barata na mesa do trabalhador" será difícil de cumprir, com o preço dos alimentos subindo menos, mas ainda bastante, segundo projeções. "A promessa de baratear o preço dos alimentos parece ter sido lançada sem ser precedida de estudos e da formulação de medidas capazes de implementá-la com sucesso", escreve José Paulo Kupfer.
Como se não bastasse, Josias de Souza ainda lembra que, no início do "ano da colheita", o presidente ainda está devendo na área ambiental: "Em novembro, quando estiver presidindo a cúpula do clima da ONU, em Belém, poderá convidar os líderes mundiais para o coquetel comemorativo dos três anos da chegada da Autoridade Climática à sua retórica".
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